terça-feira, 9 de julho de 2013

Hiromu Arakawa: A mulher que sabe nos "traumatizar"

Confesso, estou fissurado nas obras dela. Só que desenhos legais, não é o único motivo de gostar de seu trabalho. Apesar do traço dela ser excelente.


Talvez seja a mangáka mais competente dos últimos tempos na minha humilde opinião. Ela criou Full Metal Alchemist, Hero Tales e Silver Spoon, mas talvez a obra mais impactante até hoje seja o primeiro. Antes de tudo, vejamos um pouco sobre a moça.
Ela é uma mulher em um mercado shonen, claramente dominado por homens. E seus roteiros não têm o mesmo tipo de produção “afeminada” como as obras de Yuu Watase ou dos Estúdios CLAMP. Na verdade é exatamente o contrário.
Um dos episódios mais marcantes entre os da série, muitas pessoas na internet (e até fora dela) concordam que seja o da quimera Nina/Alexander. Quando Ed pergunta onde esta a garota e o cão. Falando sério, no momento que ela fala “nii-chan”, meu coração ficou partido sabendo que foi o pai que fez isso. Eu também arrebentaria Chou Tucker, o pai dela no soco! O que mais me deixou triste na série foi à morte do tenente-coronel Maes Hughes. O homúnculo Inveja personifica a mulher de Hughes e o mata a sangue frio. 

E no enterro é pior, com sua filha Elicia chorando e falando “que o pai tem que se levantar, por que tinha muito serviço” ou o coronel Roy Mustang, dizendo que iria começar a chover e solta uma triste lágrima.
E Arakawa faz isso pra chamar a atenção? Acho difícil. Ela poderia ser como o escritor de Death Note. Na história dela vemos um roteiro simples, pegando aspectos humanos (muito bem usados nos homúnculos e até mesmo com os personagens principais e secundários) e transportando de uma forma que nos emociona. É o típico anime, que você também torce pro bandido algumas vezes, como na saga de Kira. Mas ela é cuidadosa nisso, ela sabe o que marca as pessoas. Pois mesmo com Naruto, Bleach e tantos outros animes, ainda por ai, pouco nos afetam tanto como a história de Ed e Al Elric de FMA.


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